sexta-feira, 3 de maio de 2024

DI MARIA NÃO DEFENDE. E ENTÃO?

 


Com renovação em cima da mesa, ainda há dúvidas da qualidade que ele traz?

Ángel Di María tem 36 anos e uma grande vontade de continuar a jogar futebol. Quando regressou ao Benfica, no verão passado, foi apresentado como um herói que voltava de outros voos para o ninho - e não era caso para menos. Não é todos os dias que a Liga portuguesa recebe um campeão do mundo, com um golo marcado na final mais louca da história dos Mundiais.
Além disso, para os benfiquistas, voltar a ter Di María, 15 anos depois, era garantia de qualidade, grandeza e... paixão. No futebol moderno, há cada vez menos tempo para os adeptos de Benfica, Sporting e FC Porto criarem uma relação com os seus ídolos, que quando são mesmo bons (como é o caso), costumam sair rapidamente e dificilmente voltam. Aconteceu o mesmo com Pepe, por exemplo, e muitos anseiam que aconteça com Bernardo Silva, mas é difícil que jogadores com um determinado estatuto voltem ao nosso campeonato (e aos nossos salários) sem ser para aproveitar o bom tempo e a boa comida na pré-reforma.
Se houve dúvidas, se alguém pensou mesmo que Di María vinha para cá passear antes de se reformar na Argentina, isso resolveu-se logo na Supertaça, frente ao FC Porto, com papel decisivo do número 11 do Benfica. Passaram-se vários meses e não foram só os golos, as assistências e os muitos minutos jogados: Di María é diferente a cada toque na bola e, tirando da equação a frustração benfiquista com a época ou a cegueira clubística de um rival, é um dos melhores jogadores desta Liga.
Agora, quase a terminar uma das épocas em que foi mais utilizado, e já com 36 anos, Di María está mais longe de voltar ao seu país e mais perto de renovar com as águias, conforme A BOLA tem noticiado. E é curioso que esta possibilidade não cause o entusiasmo que teria causado se a história fosse outra. É que, num Benfica que não ganha títulos, Di María é aquele que não defende, aquele que o treinador nunca tira nem quando está de rastos e aquele que pode ser expulso (porque é daqueles que, com a idade, ficou mais rezingão, com mais vontade de jogar com o árbitro, que vê inimigos-fantasma em todo o lado...).
Os adeptos queixam-se? Faz parte. Roger Schmidt defende-o sempre? Normal. Di María ainda tem dúvidas sobre a próxima época? Provavelmente. Mas o Benfica tem de pôr isso de parte e pensar que esforço está disposto a fazer para continuar a ter um dos melhores - que não defende e joga sempre e está mais chatinho -, ou se prefere equilibrar o balneário, os egos e a equipa com outras promessas de futuro.
Se a ligação de Di María ao Benfica ficar por aqui, será já uma bonita história para contar. Se o argentino ficar mais uma época, que os benfiquistas, o treinador e os colegas saibam aproveitar o que este rapaz agora crescido de Rosário ainda tem para dar. Desta vez nem é preciso uma grande apresentação oficial, basta continuarem a dar-lhe a bola.

 Catarina Pereira • Editora-executiva, in a Bola

TALVEZ NÃO FOSSE MÁ IDEIA VOLTAR À TERRA

 


"Talvez não fosse má ideia descer à terra e pedir o adiamento da centralização dos direitos televisivos prevista, por imposição legal, para 2028!
As expectativas nascem, na maior parte das vezes, de afirmações, previsões, metas que se comunicam ou promessas que se fazem. Em todos estes casos é bom que elas se traduzam em objetivos concretizáveis, caso contrário há́ um precipício à espera.
A centralização foi imposta por decreto-lei em 2021 e foi assumida, com uma certeza inabalável, pela liderança da Liga como um push financeiro e competitivo. Com o passar dos anos converteu-se num acto de fé assente numa promessa – mil vezes repetida – de que o “bolo” a repartir seria maior. Bem maior! Chegou-se mesmo a acenar com 325 milhões €. Esse número configuraria, efetivamente, um tremendo push. O problema é quando a realidade bate à porta!
Vale a pena ouvir a entrevista que o diretor geral da DAZN deu ao Record esta semana. Vale a pena que os presidentes dos clubes profissionais de futebol ouçam como Jorge Pavão de Sousa “desconstruiu” com uma clareza cristalina os pressupostos e o Excel com que a Liga trabalha e com base nos quais vem prometendo, há anos, mais dinheiro. Pressupostos trabalhados pela consultora EY. No mínimo houve imperícia por parte da consultora, no outro extremo podemos apontar para incompetência.
No ponto intermédio, e o que seguramente aconteceu, a EY apresentou um Excel com pressupostos que satisfaziam as expectativas “construídas” pela Liga e pelo seu presidente. Em nenhuma das opções a consultora fica bem na fotografia.
Comparar a nossa Liga com qualquer uma das Big-5 mais do que “turbinado”, como Jorge Pavão de Sousa de forma cáustica classificou o absurdo, serve apenas para ridicularizar o benchmark apresentado.
Estou convencido que, ao dia de hoje, nenhuma das operadoras que compraram os direitos televisivos dos 3 grandes em 2016, renovariam pelos valores negociados nesse ano, simplesmente porque não conseguem, como não conseguiram durante todos estes anos, rentabilizar os milhões pagos.
A Liga onde as receitas dos direitos televisivos mais cresceram na última década foi a Liga portuguesa. 105% com negociação individualizada! A centralização foi, é, e não sei até quando continuará a ser, uma bandeira defendida com veemência por Pedro Proença.
Falhar as expectativas geradas e repetidamente assumidas costuma passar fatura. Ouvir de forma tão taxativa de um dos operadores televisivos que “o mercado não vale sequer o que é pago hoje”, deveria fazer soar com estrondo os alarmes da Liga, mas também dos clubes.
Creio que seria prudente o Presidente da Liga assumir que a centralização não vai trazer, pelo menos enquanto o modelo competitivo não for alterado, mais dinheiro para os cofres dos clubes e, antes que seja demasiado tarde, solicitar ao governo que o prazo imposto (2028) seja adiado. Seria o mais prudente e, perante aquilo que nos deixou a entrevista do diretor geral da DAZN, o mais racional."

A LIGA DA FARSA

 




Garantia do rascord: os vencedores do sapos-foculporto b do Algarve estão todos «convocados para a festa». «Todos colados à televisão: jogadores do Sporting vão assistir juntos ao Famalicão-Benfica». 

MAIS UM TÍTULO



 "A equipa feminina de futebol acrescentou mais um troféu ao palmarés benfiquista ao vencer a Taça da Liga. Este é o tema em destaque na BNews.


1. Quarta Taça da Liga
Depois do triunfo da Supertaça e de um percurso histórico na Liga dos Campeões na presente temporada 2023/24, as Inspiradoras acrescentaram a conquista da Taça da Liga ao ganharem a final, por 1-0, ante o Sporting. Em cinco edições da prova, o Benfica venceu quatro.
Filipa Patão elogia a equipa e refere a enorme ambição do grupo de trabalho: "Este troféu sabe a espírito de sacrifício, a equipa teve-o. Sabíamos das limitações que tínhamos. Todas as jogadoras estão prontas a dar o seu contributo. Somos um grupo unido e precisamos de todas para ter sucesso. Estamos aqui para ganhar títulos. Vamos querer ganhar tudo."
A treinadora do Benfica deixou ainda uma palavra de apreço aos Benfiquistas: "Os nossos adeptos são magníficos, estão sempre presentes. Quando estamos num clube como o Benfica, temos de ser a personificação desse clube dentro de campo."

2. Focados no pentacampeonato
O Campeonato Nacional de voleibol será decidido na negra, em jogo a realizar no Pavilhão n.º 2 da Luz. Benfica e Sporting têm o encontro decisivo agendado para o próximo sábado, às 19h00.
Marcel Matz convoca os Benfiquistas: "No sábado é o quinto jogo, decisivo, e os adeptos estão todos convidados, porque nós vamos colocar em quadra toda a nossa energia e capacidade e, com um pavilhão lotado, com o apoio dos Benfiquistas, somos sempre mais fortes!"

3. Nova oportunidade no domingo
vitória caiu para o União Sportiva, por um ponto, após prolongamento, e domingo, nos Açores, às 15h00 (14h00 locais), há o jogo derradeiro que define o campeão nacional de basquetebol no feminino.
Eugénio Rodrigues agradece o apoio e deixa uma garantia: "Os nossos adeptos foram espetaculares, como têm sido. Temos pena de não termos conseguido vencer o Campeonato hoje aqui [1 de maio, no Pavilhão Fidelidade], teria sido a cereja no topo do bolo, com tanta gente a apoiar-nos. Mas vamos trabalhar forte para conseguir esse mesmo título."

4. Outros resultados
Em hóquei em patins, o Benfica ganhou, por 3-1, na receção ao Juventude Pacense. A equipa feminina de andebol venceu, por 27-29, na visita à Academia São Pedro do Sul. A equipa feminina de voleibol iniciou, com um triunfo (3-1) a final da Taça Federação. E os Sub-19 apuraram-se para as meias-finais da Al Abtal International Cup ao eliminarem o Monaco."

quinta-feira, 2 de maio de 2024

UM TRISTE FIM

 


"Na hora da derrota final, Pinto da Costa limitou-se a entrar no carro e a desaparecer na noite da Invicta

É (e será para sempre) indiscutível o legado de conquistas e vitórias que os 42 anos de poder de Pinto da Costa deixaram no FC Porto. Os números são indesmentíveis: mais de 1.300 troféus, dos quais 68 no futebol!
Serão, por isso, mal-agradecidos os 21.489 sócios (80,2 por cento dos que foram votar) que escolheram um novo rumo para os azuis e brancos com André Villas-Boas? Naturalmente que não. Não haverá um portista que não reconheça no agora ex-presidente do clube o mais relevante motor de conquista da história de um clube que, antes da sua chegada, vencera sete vezes o Campeonato e, depois, o celebrou em mais 23 ocasiões e que, em 1987 e 2004, se sagrou campeão europeu.
Porém, não são cegos, surdos e mudos os sócios que, após quatro décadas, decidiram que era hora de retirar o poder a quem, segundo os próprios, o foi perdendo para interesses e influências que o beneficiavam mais a ele do que ao histórico emblema da Invicta.
A gota de água, para quem, eventualmente, se recusava a ver por dentro aquilo que há muito já era visível de fora, foi o clima de violência e ameaças que se viveu na assembleia geral extraordinária de 13 de novembro de 2023 e, sobretudo, a forma leviana como Pinto da Costa a ela se referiu: «Não foi ninguém para o hospital…» E, como dias depois, na sequência da Operação Pretoriano, se solidarizou com o líder da claque SuperDragões, um dos detidos.
A maioria, até agora silenciosa, sentiu que era hora de pôr fim ao medo e à coação, que era hora de libertar o seu amado clube da presença demasiado poderosa de figuras que nada de positivo trazem à sua imagem e cuja principal função não foi mais do que perpetuar alguém no poder.
A campanha eleitoral, sobretudo nos seus derradeiros dias, tornou ainda mais evidente o desespero de Pinto da Costa para se manter na liderança, assinando uma série de decisões em cima do instante final, numa cadeia de acontecimentos que só podia ter por finalidade deixar campo minado para quem lhe sucedesse – sim, porque só à luz de ter conhecimento do que aí vinha (a tal diferença 80/20) se entende as medidas desesperadas das vésperas da assembleia eleitoral no Dragão. O resultado foi muito claro.
E, nem na hora da despedida, Pinto da Costa conseguiu ter um discurso de união. Um discurso que, na verdade, nunca teve, pautando, ao invés, os 42 anos de poder por uma atuação populista e de divisão com o intuito, quiçá, de endeusamento perpétuo... Na noite da derrota, da mais pesada das derrotas, simplesmente entrou no carro e saiu, em silêncio, desaparecendo na noite da Invicta. Um triste fim no dia em que a democracia ditou o seu adeus."

NBA "PLAYER" TV

 


"Prevê-se que a base negocial dos novos direitos de transmissão dos jogos comece nos 50 mil milhões de dólares e possa ir aos 60 ou 70 mil milhões

Enquando no play-off se decide quem vai ser o 78.º campeão, que nunca terminará antes de 14 de junho, fora das quatro linhas tem estado a decorrer outro importante jogo, menos falado, sobre o futuro da NBA, só que a nível financeiro e que terá reflexos na estabilidade e receitas, no mínimo, na próxima década: os novos contratos televisivos.
Nenhuma decisão importante a nível estrutural, como a tão aguardada expansão de clubes, que também se prevê na WNBA, acontecerá até que esse multimilionário negócio esteja resolvido. Isso parece certo. Os direitos de transmissão da liga feminina, jogos que estão a causar expectativa antes do arranque da época e a esgotar pavilhões, bem mais pequenos do que os da NBA, é verdade, voltarão a ser negociados em conjunto. Por muito que o basquetebol feminino profissional esteja a ser desejado com a chegada de novas e entusiasmantes estrelas, como a n.º 1 do draft Caitlin Clark (Indiana Fever), ainda não tem poder para, sozinho, ter vantagem.
O último contrato televisivo com a ABC/ESPN e TNT entrou em vigor em 2016/17 e termina no final de 2024/25. Nunca antes a NBA assinara por nove anos, mas os 24 mil milhões de dólares (22,40 mil milhões de euros), que têm dado 2,7 mil milhões/ano (2,51 mil milhões) justificavam-no.
Agora, e com as audiências televisivas a terem os melhores números das últimas quatro temporadas, prevê-se que a base de negociação comece nos 50 mil milhões (46,65 mil milhões), no entanto, existe quem ambicione chegar aos 60 ou mesmo 70 mil milhões (56 ou 65,3 mil milhões), dependendo do tempo de duração.
Na passada semana terminou o período de renegociação exclusiva de direitos com a ABC/ESPN (Disney) e TNT (Warner Bros, Discovery), responsáveis pelas transmissões a nível nacional e, como se esperava, não houve conclusão. A NBA, que espera ter este dossier fechado entre junho e dezembro, quer ouvir outros players.
Consta que candidatos não faltam. A começar pela Amazon, via Prime Video, que se tem virado para o desporto profissional, conseguindo por dois anos jogos da NHL (hóquei no gelo) para o Canadá e uma vez por semana para os Estados Unidos, mas também está a atacar as transmissões regionais da NBA e até fora do país, caso do Brasil.
Porém, existem outros interessados em conversar, como a Netflix, que assinou com a WWE (wrestling) por 10 anos e 5 mil milhões (4,66 mil milhões) e esta época tentou ficar com os direitos do In-Season Tournment da NBA, ou a Apple Sports, que em fevereiro passou a transmitir o campeonato de futebol da MLS. Todos desejam alargar o leque de ofertas ao público numa feroz guerra online e por cabo.
Concluído este negócio, a Liga estará em posição de concluir onde surgirão os novos clubes. Las Vegas, Seattle, San Diego, Louisville ou Vancouver estão entre alguns dos candidatos — Cidade de México, que tem uma equipa da G League, parece a história da entrada da Turquia para a União Europeia, está sempre adiada — aos quais terá justificação para exigir a quem quiser juntar-se às 30 equipas existentes qualquer coisa como 3 ou 4 mil milhões de joia. Coisa pouca que valorizará ainda mais todos os clubes."

CHEGOU AO FIM...

 


"Chegou ao fim o maior reinado de terror do futebol português!
Um reinado marcado pela corrupção ativa, pela coação e intimidação arbitral, pela divisão do país entre norte e sul!
Uma estratégia delineada por José Maria Pedroto, implementada por Pinto da Costa e o seu braço armado!
Foram décadas que resistiram a tudo, até a provas de corrupção ativa em que os seus comparsas de esquemas tomaram as balas que deveriam ser suas arrastando os seus clubes para o abismo salvando o FCP da descida de divisão!
Isto sim é o FCP, não o Porto cidade, mas o Porto clube, erguido sobre este manto de impunidade total perante o olhar complacente de tudo e de todos!
Haja quem enalteça Pinto da Costa, eu não serei um deles!
Nem tentem comparar este indivíduo com quem quer que seja que tenha passado pelo dirigismo futebolístico nacional, este foi a face visível do pior que existe no futebol!
Encerro com a frase célebre de um nome incontornável do futebol mundial, Sir Alex Ferguson de seu nome sobre o FCP de Pinto da Costa!
“O F.C. Porto compra o campeonato no supermercado”
Não era bem no supermercado, mas era na célebre casa do norte “Calor da Noite” de seu nome!
Que haja coragem para agora se investigar tudo e mandar o clube para onde deveria ter ido acompanhando Boavista e União de Leiria!!
Tenho dito!"

O ASSUNTO DO MOMENTO

 


"DI MARÍA MAIS UMA ÉPOCA
SIM OU NÃO?

OS NÚMEROS NESTA ALTURA
(faltam 3 jogos)
46 jogos
3.818 minutos
16 golos
12 assistências

O QUE SE DIZ DE DI MARÍA
> ESTÁ VELHO, NÃO AGUENTA 90 MIN
Não concordo totalmente Já o vi ser importantíssimo e decisivo nos últimos minutos dos jogos. Um exemplo: remontada contra o Sporting para a Liga na Luz. Ainda recentemente, no final de uma época em que jogou mais do que nunca, foi o nosso melhor jogador em Faro depois de fazer dias antes 120 minutos contra o Marselha (o nosso preparador físico é mesmo top!).
> CLASSE TOP MUNDIAL
É um jogador de classe top mundial, de onde se espera sempre que "tire um coelho da cartola" e resolva um jogo. Isso aconteceu várias vezes esta época. As equipas precisam de jogadores assim. Acresce que chamam a si adversários e libertam espaços para outros na frente.
> PERDE MUITAS BOLAS
É verdade que abusa muitas vezes dos lances individuais até perder a bola. Mas é também quem mais arrisca. É uma questão que o treinador tinha ou tem que resolver.
> É UM A MENOS NO PROCESSO DEFENSIVO
Com outros - Rafa, Neres, Arthur, etc. - impede a equipa de fazer pressão alta e ser mais rápida e mais subida na recuperação da posse de bola.
> ASSUME O JOGO
A bola não queima, chama a si as responsabilidades, é muito importante quando a equipa está sem ideias e sem soluções, o que aconteceu várias vezes esta época.
> NÃO GOSTA DE SER SUBSTITUÍDO
Esse é um problema do treinador e da estrutura. Não conheço nenhum jogador que goste de ser substituído.
> AMA O BENFICA
Penso que é verdade, caso contrário não teria vindo para a Luz com possibilidades de ganhar muito mais dinheiro noutros países.
> CONCLUSÃO
O balanço da época é positivo. Aliás, as notas - Bola Record, Jogo, ZeroZero, GoalPoint e SofaScore - dizem que é, a par de João Neves, o melhor jogador do Benfica na época. Isto é factual, não é uma opinião. Eu votaria SIM à continuidade de Di María. Mas precisa corrigir os pontos fracos apresentados: burro velho aprende línguas? Consegue o treinador levá-lo a isso?"

quarta-feira, 1 de maio de 2024

TAÇA DA LIGA PARA O MUSEU!

 


Superioridade vincada com mais um troféu

Com um golo de Chandra Davidson, o Benfica venceu o Sporting (1-0) e conquistou a Taça da Liga pela 4.ª vez.
Formação que mais vezes venceu a Taça da Liga, (nas quatro edições anteriores, as águias triunfaram em 2019/20, 2020/21 e 2022/23), a equipa feminina de futebol do Benfica somou mais um troféu nesta competição e prolongou o seu domínio ao bater o Sporting no Estádio do Restelo (1-0) nesta quarta-feira, 1 de maio.
Um golo de Chandra Davidson, que tinha acabado de entrar na segunda metade, detonou os festejos das Inspiradoras, que ambicionam terminar a temporada com o pleno de conquistas nacionais, pois já ergueram a Supertaça, lideram a Liga BPI e estão na final da Taça de Portugal.
No relvado, a tarde de glória iniciou-se muito antes das 17h45, hora aprazada para o começo do 6.º e último dérbi em 2023/24. Pelas 16h30, as jogadoras pisaram o relvado, no primeiro contacto com o terreno de jogo. Enquanto o público ia compondo as bancadas, ouviram-se os primeiros aplausos para as guarda-redes Lena Pauels e Rute Costa, que iniciaram os exercícios de aquecimento às 16h57. Passados sete minutos, o onze selecionado por Filipa Patão deu entrada em campo.
As atletas agradeceram o apoio dos adeptos e debutaram o período de ativação prévio ao encontro.
Claramente com número superior de apoiantes, a mancha vermelha evidenciou-se ainda mais, quando as jogadoras subiram o túnel de acesso ao relvado antes do apito inicial. A vénia tradicional foi correspondida com gritos de incentivo para o dérbi. "Benfica, Benfica" foi o mote mal arrancou o encontro!
Com a presença do Presidente Rui Costa no estádio, aos 5' as águias criaram a primeira ocasião. Francisca Nazareth rematou cruzado e a bola passou rente ao poste esquerdo, sem que Nycole Raysla tenha conseguindo o desvio para a baliza. Dominador no arranque, o Benfica teve mais um disparo, aos 9'. De livre direto, em zona frontal, Carole Costa, especialista em bolas paradas, atirou sobre a trave. Minuto 11, e, em iniciativa individual, Marie Alidou ameaçou com um remate por cima. Mais um sinal do querer encarnado.
De fora das quatro linhas, Andrea Falcón, Chandra Davidson e Paige Almendariz foram as primeiras a saltar do banco para aquecer nesta fase, seguindo uma prática habitual nas águias, em que as suplentes raramente estão paradas, e respondem às indicações do fisiologista Ivo Miguel.
Com o ritmo de jogo a decrescer, houve uma toada de maior equilíbrio, sem que as jogadoras leoninas tenham conseguido acercar-se com perigo da baliza do Benfica. Tal só aconteceu aos 27', com um desvio de Olivia Smith na área.
SER BENFIQUISTA EMPURROU AS INSPIRADORAS
A puxar pelas águias, que tentaram ser mais pressionantes, entoou-se o Ser Benfiquista. Aos 34', Francisca Nazareth driblou perto da área rival, animou os adeptos, mas o lance perdeu-se nas mãos de Hannah Seabert, após cruzamento de Marie Alidou.
No minuto seguinte, Nycole Raysla progrediu com bola e atirou à baliza, deparando-se com a oposição da guarda-redes leonina, que impediu o golo inaugural, aos 35'.
Até à pausa para intervalo, o nulo manteve-se, tal como a animação nas bancadas numa tarde de sol, mas fria.
No recomeço, o dérbi foi muito disputado. Protagonista de uma grande temporada, Lena Pauels aplicou-se perante o cabeceamento de Diana Silva, após livre, aos 49'.
A resposta encarnada chegou aos 51'. Após desentendimento na defensiva rival, Nycole Raysla, de ângulo reduzido, atirou à malha lateral.
Perante 9016 espectadores, o Benfica procurou imprimir mais dinâmica no ataque, mas o dérbi acabou por ter várias interrupções devido a queixas físicas das atletas.
Já com Catarina Amado no lugar de Jéssica Silva, os adeptos encarnados continuaram incansáveis nos cânticos de apoio. Aos 73', de fora da área, Nycole Raysla rematou para defesa a dois tempos de Seabert.
No lado oposto, Lena Pauels amarrou com facilidade a tentativa de Diana Silva (78').
SUBSTITUIÇÕES CERTEIRAS
Aos 82', Andreia Norton e Chandra Davidson foram lançadas por Filipa Patão e as alterações surtiram efeito. Aos 83', a avançada canadiana surgiu na cara de Seabert, após recuperação de Francisca Nazareth em zona ofensiva, seguida de grande passe de Andreia Faria. A guarda-redes leonina defendeu o primeiro remate de Chandra, mas, na recarga, a atacante fez o 1-0!
Muita festa entre as jogadoras encarnadas no relvado e no banco de suplentes! "Tudo a saltar, tudo a saltar, SLB, SLB", gritou-se.
Motivadas pelo golo, as águias tentaram ampliar. Aos 87', Francisca Nazareth atirou para defesa de Seabert.
O relógio avançou, e, com Christy Ucheibe a pedir ainda mais apoio aos adeptos, erguendo os braços, chegou o apito final e o Benfica ganhou!
Já com as atletas não convocadas também no relvado, fez-se a festa com a entrega do 2.º troféu nesta temporada! Aos saltos e de punho erguido, em simbiose clara com os Benfiquistas, todos entoaram "e o Benfica ganhou".
De mãos dadas, lado a lado, mais uma vénia para os Benfiquistas em sinal de agradecimento!
Com guarda de honra para as leoas, que receberam as medalhas de finalistas vencidas, seguiu-se o mesmo gesto das adversárias para as Inspiradoras. Estas, uma a uma, receberam as respetivas distinções, saltaram e gritaram "Eu amo o Benfica", antes de as capitãs Sílvia Rebelo e Pauleta erguerem a Taça!
O troféu foi depois levado para junto dos Benfiquistas, com os quais as jogadoras celebraram! O Ser Benfiquista, entoado por todos, foi um momento de arrepiar!




DECLARAÇÕES
Filipa Patão (treinadora do Benfica): "Este troféu sabe a espírito de sacrifício, a equipa teve-o. Sabíamos das limitações que tínhamos. Retirámos a profundidade ao Sporting. Era preciso esconder um pouco as nossas debilidades e mostrar as nossas forças. Tivemos um Sporting muito competente, mas as jogadoras foram magníficas. Lutaram muito. É uma fase da época com jogos decisivos, vamos encarar as três finais que faltam à procura do sucesso. Todas as jogadoras estão prontas a dar o seu contributo. Somos um grupo unido e precisamos de todas para ter sucesso. [Entrada e golo] Fico muito feliz pela Chandra Davidson, mas o mérito é de toda a equipa. Acreditamos no nosso processo, no que fazemos, e estamos aqui para ganhar títulos. Vamos querer ganhar tudo. Temos de pensar em outra competição. Neste momento não conseguimos pressionar o jogo todo, neste caso temos mais 13 jogos que o nosso adversário. O céu tem de ser o limite para nós. Se podemos fazer uma época histórica, tudo faremos por isso. Os nossos adeptos são magníficos, estão sempre presentes. Quando estamos num clube como o Benfica, temos de ser a personificação desse clube dentro de campo."
Chandra Davidson (avançada): "Sinto-me lindamente depois disto, foi um jogo incrível. Ganhámos, é um grande sentimento. [Significado de marcar o golo da vitória] Antes de tudo, é especial. Cheguei em janeiro para ajudar a equipa e consegui-o fazer desde o banco. É incrível sair do banco e ajudar a equipa a ganhar. Os nossos adeptos são os melhores, o ambiente à volta do jogo foi fantástico. É incrível. Ajudaram-nos a ter energia para ganhar o jogo."
Benfica-Sporting
Andreia Faria (média): "O Sporting, neste ano, mudou um pouco a abordagem ao jogo quando nos defronta. Joga mais longo. Têm jogadoras velozes, acho que conseguimos anular esse ponto forte e tirámos proveito de uma transição. Mas na primeira parte podíamos ter materializado algumas das oportunidades que tivemos. O que sinto no fim destes jogos seguidos que tivemos frente ao Sporting é que já conseguimos analisar melhor os momentos, precaver-nos desses mesmos pontos fortes. Estamos muito competentes, muito equilibradas lá atrás. Tivemos sempre o controlo do jogo, com muitas oportunidades. Foi um resultado justo. É um orgulho poder representar o Benfica nestes palcos, com esta vitória. Tal como eu disse, este é um trabalho de há seis épocas, não é de hoje. O que pretendemos é sempre alcançar a vitória, já ganhámos duas das quatro frentes em que estávamos, faltam-nos duas. Hoje festejamos, amanhã [quinta-feira] começamos a pensar no Valadares, que é um adversário muito difícil, num campo muito complicado. Pode ser uma temporada histórica para o Benfica. Supertaça, Taça da Liga, quartos de final da Champions... faltam-nos duas, a Taça de Portugal e a Liga BPI. É para isto que vamos trabalhar, estamos focadas nisso, desde o início da temporada. Não chegam duas, são precisas as quatro. [Os adeptos] Há Benfiquistas em todo o lado, e eles vêm de boa vontade. Vimos aqui uma onda vermelha completa. É muito importante para nós, não só os que estiveram aqui, mas também todos aqueles que nos apoiaram na televisão. Só temos de agradecer. Jogamos para eles. É um orgulho."
Benfica-Sporting
Ana Seiça (defesa): "Nenhuma das equipas quer cometer erros, nestes jogos o mais importante é não sofrer golos. A vitória foi justa. Trabalhamos para isto, para vencer troféus. Temos o Campeonato já à porta. Os nossos adeptos estiveram sempre a puxar por nós e sentimos isso dentro de campo."
No lugar cimeiro da Liga BPI, o Benfica volta a competir já no domingo, 5 de maio. Às 11h00, no Complexo Desportivo de Valadares, palco da conquista do tricampeonato em 2022/23, as águias defrontam o Valadares Gaia na 21.ª e penúltima jornada da competição.
Benfica-Sporting
1-0
Estádio do Restelo
Onze do Benfica
Lena Pauels, Christy Ucheibe, Carole Costa, Ana Seiça, Lúcia Alves, Andreia Faria, Anna Gasper, Francisca Nazareth, Jéssica Silva (Catarina Amado, 60'), Marie Alidou (Chandra Davidson, 82') e Nycole Raysla (Andreia Norton, 82')
Suplentes
Rute Costa, Catarina Amado (60'), Sílvia Rebelo, Laís Araújo, Paige Almendariz, Andreia Norton (82'), Andrea Falcón, Chandra Davidson (82') e Marta Cintra
Onze do Sporting
Hannah Seabert, Ana Borges, Andrea Norheim, Rita Fontemanha, Fátima Dutra (Alícia Correia, 90'+1'), Joana Martins (Maiara Niehues, 90'+1'), Brenda Pérez, Cláudia Neto, Olivia Smith, Jacynta Gala (Diana Silva, 8') e Brittany Raphino (Ana Capeta, 82')
Suplentes
Carolina Jóia, Bruna Lourenço, Rita Almeida, Mariana Rosa, Alícia Correia (90'+1'), Maiara Niehues (90'+1'), Maisa Correia, Ana Capeta (82') e Diana Silva (8')
Ao intervalo 0-0
Golos
Benfica: Chandra Davidson (83')